terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Peixe Dourado, o que tem de bom

Curiosa após uma breve passagem pela Bahia, tantas vezes havia o peixe dourado a disposição na refeição, o que me despertou curiosidade, fui atrás da informação. Descobri que seu nome cientifico é Salminus maxillosus, e é nativo do Rio Miranda na região do Pantanal Sul-Mato-Grossense. 



Fiz uma breve pesquisa de artigo cientifico e li estudo conduzido no Departamento de Biologia Celular na Universidade de Brasília, que comparava alguns peixes entre si, e analisava a composição e o perfil de ácidos graxos do tecido muscular dos peixes ( ou seja, do filé). Disto partia alguns parâmetros considerando os perfis aterogênicos (ω-6/ω-3 e hipocolesterolêmicos/hipercolesterolêmicos (H/H) )de cada peixe, ou seja, a capacidade de aumentar x reduzir o risco de desenvolver placas de ateroma nos vasos sangüíneos. 

Este estudo pode demonstrar, por exemplo que o perfil de lipídios do peixe dourado pode ser  benéfico, no sentido de ter este perfil de proporção de ácidos graxos favorável. 

O peixe dourado mostrou ter maior teor o ácido oléico, seguido do ácido palmítico, e esteárico. A amostra do peixe dourado mostrou que os os índices ω-6/ω-3 e hipocolesterolêmicos/hipercolesterolêmicos (HH)  são favoráveis quanto à qualidade nutricional.

O peixe é um alimento importante na dieta pois é uma fonte significativa de ácidos graxos poliinsaturados da série ômega 3 (ω-3), aos quais são atribuídos numerosos benefícios à saúde humana Os ácidos ω-3 e ω-6 são precursores dos ácidos eicosanóides (prostaglandinas, tromboxanas e leucotrienos) e são essencialmente fornecidos pela dieta, uma vez que não são sintetizados pelo organismo humano. 

O ácido linoléico (ω-6) origina o ácido araquidônico, que é o precursor de eicosanóides tromboxanos e a prostaciclina I2, respectivamente promotor e inibidor da agregação plaquetária. O ácido graxo alfa-linolênico (ω-3), precursor dos ácidos eicosapentaenóico (EPA) e docosahexaenóico (DHA), os quais além da função no desenvolvimento e funcionamento do sistema nervoso, fotorecepção e sistema reprodutivo são apontados como redutores de risco de doenças coronarianas, hipertensão moderada e incidência de diabetes. 

Bibliografia: 

Ramos Filho, Manoel Mendes, Ramos, Maria Isabel Lima, Hiane, Priscila Aiko, & Souza, Elizabeth Maria Talá de. (2008). Perfil lipídico de quatro espécies de peixes da região pantaneira de Mato Grosso do Sul. Food Science and Technology (Campinas),28(2), 361-365. Retrieved February 11, 2014, from http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-20612008000200014&lng=en&tlng=pt. 10.1590/S0101-20612008000200014.

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